Como parar de beber álcool definitivamente?
- Jorge Luz Garcia Luz
- 27 de dez. de 2023
- 28 min de leitura
Como parar de beber e quais os benefícios disso?Entenda quais são os ganhos de cortar a bebida por 1 mês ou definitivamente e veja dicas dadas por especialistas sobre como começar
“Janeiro Seco”, “Outubro Sóbrio” e “Julho Seco”: durante um trimestre do ano, essas campanhas motivam as pessoas a se unirem e desafiarem a si mesmas a ficar sem álcool.Enquanto algumas contam com mais força nos Estados Unidos, como a de outubro, no Brasil o desafio é mais comum no início do ano.
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Quanto é muito? Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA, classificam o consumo moderado de duas bebidas ou menos em um dia para homens e uma bebida ou menos para mulheres.
Mas dois terços dos consumidores adultos relatam beber mais do que esses níveis pelo menos uma vez por mês, de acordo com o CDC. E a pandemia não ajudou.
Um estudo de dezembro de 2020 apontou que 60% dos entrevistados aumentaram o consumo de álcool ao longo do ano e mais de um terço disse que se envolveu em compulsão.Enquanto algumas contam com mais força nos Estados Unidos, como a de outubro, no Brasil o desafio é mais comum no início do ano.
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Quanto é muito? Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA, classificam o consumo moderado de duas bebidas ou menos em um dia para homens e uma bebida ou menos para mulheres.
Mas dois terços dos consumidores adultos relatam beber mais do que esses níveis pelo menos uma vez por mês, de acordo com o CDC. E a pandemia não ajudou.
Um estudo de dezembro de 2020 apontou que 60% dos entrevistados aumentaram o consumo de álcool ao longo do ano e mais de um terço disse que se envolveu em compulsão.
Então, como parar de beber?
“Outubro Sóbrio” pode ser um passo para cortar totalmente o álcool, mas não precisa ser, disse o psicólogo biológico Aaron White, consultor científico sênior do diretor do Instituto Nacional de Abuso de Álcool e Alcoolismo.
Entenda mais sobre isso e como passar ao menos 30 dias sem álcool, além de dicas para parar de beber definitivamente.
Quais são os benefícios de parar de beber?
Muitos estudos mostram que o álcool não é bom para uma vida saudável.
A Federação Mundial do Coração, assim como várias outras entidades que já afirmaram, define: quando se trata de consumo de álcool, não há quantidade segura que não afete a saúde.
Mesmo o consumo moderado reservado para o fim de semana pode ter impactos sociais, emocionais e psicológicos.
Mas quais são os benefícios de parar de beber, então?
Uma revisão científica recente publicada na revista Addict Health mostra uma série de problemas que são decorrentes do álcool. Por isso, ao parar de bebê-lo, alguns benefícios apontados, entre outros, podem ser:
Melhora da saúde mental: embora a ingestão de álcool possa levar ao alívio temporário do estresse e relaxamento, seu consumo a longo prazo aumenta a incidência de transtornos mentais graves, incluindo depressão grave e transtornos de ansiedade;
Melhora da saúde sexual: pesquisas demonstram que a dependência de álcool foi positivamente correlacionada com o aumento da incidência de distúrbios sexuais masculino e sendo um fator de risco sério para a disfunção sexual feminina;
Melhora do desempenho acadêmico: o álcool pode ter um impacto negativo na saúde mental, influenciando desfavoravelmente o desempenho mental e aumenta o envolvimento em comportamentos de alto risco;
Redução de quadros violentos: o consumo de álcool está positivamente correlacionado com danos intencionais, como automutilação e violência interpessoal, sendo assim, o não consumo pode melhorar esses cenários;
Melhora do sono: o álcool pode interferir no sono saudável, causando distúrbios do sono e insônia. Ao parar de beber, é possível experimentar um sono mais reparador e de melhor qualidade, o que contribui para a saúde em geral e a sensação de bem-estar.
Ficar 30 dias sem álcool pode ser bom para sua saúde física
Mesmo em apenas um mês, há evidências de que o consumo reduzido de álcool pode ser bom para sua saúde física.
“A maioria das pessoas que bebe excessivamente tem fígado gordo”, diz White. “Mesmo uma pausa de um mês é suficiente para reduzir as enzimas hepáticas e para que seu fígado pareça mais saudável”.
Algumas pessoas também podem achar que com menos ou nenhum álcool dormem melhor e fazem melhores escolhas alimentares para si mesmas, disse White.
Essa melhora acontece justamente porque o álcool pode ter efeitos prejudiciais sobre vários órgãos e sistemas do corpo.
Ao parar de beber, você pode experimentar melhorias na saúde geral, como uma redução no risco de doenças renais, hepáticas e respiratórias, além de distúrbios cardiovasculares.
É o que afirma também a revisão científica citada antes.
Ela também aborda que consumir qualquer quantidade de álcool, por exemplo, pode aumentar o risco de câncer.
Foi mostrado que o álcool aumenta diretamente o risco de câncer gastrointestinal (GI) e contribui indiretamente para a alteração das cadeias de ácido desoxirribonucleico (DNA) e da oncogênese.
É uma substância tóxica, psicoativa e produtora de dependência, inclusive, classificada como cancerígena do Grupo 1 pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer décadas atrás.
Como parar de beber por 30 dias com sucesso?
Dicas para ficar 30 dias sem consumir álcool / Imagem: Shutterstock
Há alguns obstáculos para enfrentar durante um mês sóbrio, comenta Annie. Uma delas é superar o desejo de beber, e os especialistas citaram abordagens diferentes para resolver esse problema.
Reduzir o consumo de álcool pode ter um efeito semelhante ao da dieta – quanto mais você diz a si mesmo que não pode tê-lo, mais deseja, diz Natalie Mokari, nutricionista em Charlotte, na Carolina do Norte.
Ela recomenda começar com uma bebida a menos do que normalmente se tomaria em cada ocasião ou quebrar um hábito diário limitando a bebida a determinados dias.
Uma opção é tomar uma água com gás entre as bebidas ou fazer coquetéis mais fracos do que o normal para reduzir o consumo de álcool, disse ela.
White disse que é importante não sentir vergonha se a pessoa acabar bebendo durante o desafio da sobriedade. Não jogue fora toda a experiência por causa de uma taça de vinho, acrescentou.
Aprender mais sobre a psicologia e a biologia do álcool realmente ajudou a reduzir seu desejo de beber, disse ela, e abordar seus impulsos com curiosidade em vez de julgamento permitiu que ela aprendesse mais sobre o papel que o álcool desempenhou em sua vida.
Há também pressão social para beber.
“A primeira coisa é lembrar que as pessoas podem fazer você se sentir mal porque estão desconfortáveis com seu próprio relacionamento com a bebida”, explica Annie.
“Muitas vezes ajuda ter uma bebida não alcoólica na mão em eventos sociais, então a oferta de tomar uma bebida nem aparece”, diz White.
Não exagere após o desafio
Se a expectativa é reduzir seus hábitos de beber ou melhorar sua saúde, é importante não entender o cruzamento da linha de chegada como a hora de exagerar, diz Natalie.
Também é possível desfazer as mudanças de hábito que construiu ao longo do mês, voltando a beber com intensidade quando terminar, acrescenta Annie.
“Em nossa sociedade, até mesmo dizer ‘quero fazer uma pausa’ é super corajoso”, diz ela.
“Se você não mudar como se sente sobre isso, mas se esforçar o mês inteiro, torna-se uma síndrome do fruto proibido”.
Como parar de beber álcool definitivamente?
Especialistas dão dicas de como parar de beber definitivamente / Imagem: Shutterstock
Para algumas pessoas, parar de beber álcool definitivamente pode ser um desafio significativo, mas é uma decisão que pode trazer inúmeros benefícios para a saúde e o bem-estar geral.
Abaixo estão algumas dicas para parar de beber que especialistas acreditam que possa ajudar indivíduos a alcançarem o objetivo:
Busque apoio profissional: o primeiro passo para parar de beber é procurar ajuda profissional. Agendar uma consulta com um médico ou terapeuta especializado em dependência de álcool pode fornecer orientação personalizada e um plano adequado para a desintoxicação e a recuperação;
Evite situações de tentação: identificar ambientes e situações que costumam estar associados ao consumo de álcool é importante para evitá-los no início do processo de abstinência. Isso pode ajudar a reduzir a pressão para beber novamente;
Encontre substitutos saudáveis: procure outras atividades para ocupar o tempo que costumava ser destinado ao consumo de álcool. Praticar exercícios físicos, participar de hobbies, ou socializar em ambientes não relacionados ao álcool podem ser opções viáveis;
Converse com amigos e familiares: comunicar a decisão de parar de beber com pessoas próximas pode ser uma fonte importante de apoio emocional. Amigos e familiares podem oferecer encorajamento e compreensão ao longo do processo.
Participe de grupos de apoio: existem diversas organizações e grupos de apoio, como os Alcoólicos Anônimos (AA), que fornecem um ambiente de suporte e compartilhamento de experiências com pessoas que estão passando ou já passaram por situações similares.
O que acontece com o corpo quando paramos de beber álcool?
O corpo passa por um processo de desintoxicação quando para de beber álcool. Após a primeira semana, os primeiros sintomas são a melhora do sono.
Isso acontece porque a bebida prejudica o processo de dormir de forma restauradora. Ela também desidrata o corpo, o que pode gerar dor de cabeça e atrapalhar a concentração.
Após 14 dias sem beber álcool, a produção de ácido estomacal — que aumenta com a bebida — se normaliza, restaurando a capacidade de eliminar bactérias e reduzir o refluxo gástrico.
Com 3 semanas, o organismo passa a reduzir a gordura do fígado produzida pelo álcool e reduz a inflamação do local, pois o órgão começa a se regenerar. Isso pode ajudar a perder peso, principalmente porque as bebidas alcoólicas tem “calorias vazias”.
1 mês depois de parar de consumir álcool, a pressão arterial passa a se regular, oferecendo uma diminuição significativa da tensão nas artérias. E o nível de açúcar também reduz.
Outro ponto é que a pele também pode ficar com mais saúde, pois não há mais a inflamação gerada pelo álcool.Qual é o vício mais difícil de largar?
heroína
Qual a droga mais difícil de largar? Segundo informações de especialistas, a heroína também é uma das drogas mais difíceis de largar, por conta do fato de que a abstinência desse entorpecente é uma das mais intensas do mundo.
7 dicas de como tirar a vontade de usar droga
O uso de entorpecentes causa dependência. Aos poucos, há o desejo cada vez maior e mais frequente de usar as substâncias. É nesse momento que começa a surgir a seguinte pergunta: como tirar vontade de usar droga?
O primeiro passo é ter força de vontade. Porém, essa iniciativa precisa ser complementada com ações mais práticas. Afinal, mais do que querer melhorar, é fundamental tomar as atitudes certas.
Então, se você está com essa dúvida e quer tirar a vontade de usar droga, saiba que chegou ao local certo. Neste conteúdo, o psicólogo do Hospital Santa Mônica, Antonio Chaves Filho, irá trazer 7 dicas aplicáveis para o seu dia a dia. Assim, você vai saber o que fazer e ter mais chances de sucesso na sua iniciativa. Então, que tal começar?
1. Exercite o autoconhecimento
Comece pensando o que faz você consumir os entorpecentes. Talvez ache que apenas utiliza quando está com os amigos, e isso pode ser verdade. Porém, para saber como tirar vontade de usar droga, pense se essa atitude está atrelada a:
bebidas alcoólicas;
existência de problemas;
desejo de fugir da realidade;
estresse do dia a dia.
Perceba que todas essas situações são gatilhos relevantes. Portanto, é fundamental entender esses casos e agir diante deles. Isso é conseguido por meio do autoconhecimento.
No início, esse processo pode ser feito de forma individual. Em seguida, vale a pena contar com um profissional especializado de uma instituição reconhecida. Assim, você consegue evitar as recaídas.
Ao mesmo tempo, você cria estratégias para ultrapassar as dificuldades. Elas vão existir, mas você consegue superá-las! Como? Algumas ideias serão vistas ao longo deste conteúdo, mas cuidar da saúde do corpo e da mente é essencial para evitar a relação entre autossabotagem e drogas.
2. Reconheça a dependência
Nessa autoanálise, você acabará pensando se realmente tem uma dependência. Uma atitude encontrada na adicção em drogas é a negação do problema. É comum ouvir a pessoa dizer que para quando quiser. Você já tentou? Conseguiu? Se sim, parabéns! Se não, está na hora de reconhecer o problema.
Perceba que ter a dependência está longe de ser um fracasso. Todas as pessoas têm seus desafios a superar. Por exemplo, alguns indivíduos apresentam dificuldade no controle da raiva. Já outros optam por descontar os problemas na alimentação.
Essas situações também trazem consequências negativas — e está tudo bem. O que importa, nesse momento, é reconhecer a dependência, assumir o próprio erro e assumir o controle das drogas mais viciantes, em vez de elas manipularem você.
Sabemos que essa aceitação é difícil. Afinal, a sensação de prazer promovida pelos entorpecentes leva à negação do problema. Inclusive, essa atitude é um mecanismo de defesa. Porém, vale a pena mudar de posição para aceitar a doença e assumir a necessidade de uma ajuda especializada, nossa próxima dica.
3. Busque ajuda especializada
Contar com o auxílio da família e dos amigos permite que você tenha ainda mais força de vontade para parar de usar droga. Contudo, é preciso ir além. Isso porque uma ajuda especializada garante a realização de ações específicas, testadas e comprovadas cientificamente. Ou seja, esse é o momento em que você começa a se recuperar.
Ainda, a ajuda especializada vai impactar vários âmbitos da vida. Além de questões psicológicas, também são trabalhados os aspectos neuroquímicos, o estilo de vida, a nutrição e mais. Dessa forma, você começa a perceber que continuará a se divertir, mas com mais qualidade de vida.
Para chegar a esse patamar, você contará com médicos, psiquiatras, psicólogos, educadores físicos, enfermeiros e outros profissionais. Ao mesmo tempo, estará em um ambiente que facilita a adoção de uma vida mais equilibrada e consciente.
Em outras palavra, so autocuidado é trabalhado a partir de uma perspectiva diferenciada e personalizada. Assim, você percebe que não precisa ultrapassar a tempestade só. Tenha em mente que sempre tem pessoas que torcem pelo seu sucesso!
4. Pratique atividades físicas
Se você não gosta de fazer exercícios, está na hora de rever seu pensamento. A prática pode não fazer parte da sua rotina, mas é importante ter disposição para adotá-la. Isso porque as atividades físicas são grandes aliadas na hora de tirar a vontade de usar droga.
Na prática, o seu organismo é inundado de endorfina, o hormônio do prazer. Além de melhorar o seu humor e a autoestima, há uma sensação de recompensa e bem-estar. Lembrou dos entorpecentes? Pois bem, a atividade física é uma forma natural de conseguir esse mesmo alívio.
Aos poucos, a sua saúde física e mental começam a melhorar. Por um lado, porque você deixa as drogas de lado, de outro, a sua imunidade aumenta e outros hábitos prejudiciais são abandonados. Normalmente, a alimentação também se torna mais positiva, e os pensamentos mudam.
Aqui, ainda vale lembrar que ninguém está pedindo para você fazer musculação. Na realidade, qualquer tipo de atividade física é válido. Alguns exemplos são a caminhada, dança, corrida, artes marciais, natação e tênis. O que importa é mexer o corpo!
5. Expresse seus sentimentos com pessoas próximas
Muitas vezes, quem tem o vício em entorpecentes e quer saber como tirar vontade e usar droga descobre que precisa abrir o coração. Pode ser que essa situação seja desconfortável para você, porém, essa atitude ajuda a superar o problema.
Afinal, quando você mergulha nos problemas e internaliza os sentimentos ruins, acaba se fechando e se afastando de quem quer ajudar. Durante um tratamento contra drogas, essa situação é ainda mais difícil. Isso porque a ansiedade aumenta e fica mais difícil gerir bem as emoções sem recorrer a dependência.
Tenha em mente que é importante conversar com pessoas próximas. Porém, se ainda não quer fazer isso, expresse seus sentimentos de outra forma, por exemplo:
cantando;
dançando;
escrevendo;
falando com um psicólogo ou psiquiatra.
Quem escolhe é você. O importante é ter o suporte necessário para evitar o isolamento e o desejo de usar entorpecentes.
6. Adote uma atitude de escape
Cada um de nós tem uma maneira de aliviar o estresse. Alguns optam pela meditação, outros pela yoga. Há quem prefira jogar ou assistir a filmes e seriados. Ainda tem aqueles que fazem exercícios físicos. Independentemente da válvula de escape, escolha uma que funcione para você e seja saudável.
Aqui, não existe uma fórmula única, aplicável a todas as pessoas. Ao contar com uma ajuda especializada, você pode encontrar essa peça-chave. Também é possível já definir o que fazer ou mesmo testar algumas possibilidades até encontrar a ideal.
7. Aceite a internação hospitalar
Por mais que essa decisão seja difícil, ela é necessária. Ao passar por todas as dicas anteriores, é provável que você tenha percebido a dificuldade de parar de usar os entorpecentes. Aqui, é fundamental saber que há mais gente com você.
Ao reconhecer que não tem mais controle sobre a dependência, está na hora de pedir ajuda. A diferença é que, nesse momento, você já tem disposição e força de vontade para parar de usar droga. Assim, fica mais fácil fazer todo o tratamento necessário.
Vale lembrar que a internação é a melhor solução para o dependente químico que reconhece e aceita sua doença. A família também pode solicitar o tratamento involuntário, quando a pessoa já perdeu o controle de sua vida.
De toda forma, é fundamental contar com uma instituição de qualidade. No Hospital Santa Mônica, o foco é o carinho e o respeito pelo paciente. Afinal, a dependência química é um transtorno mental e requer um tratamento psiquiátrico adequado, muitas vezes, com o apoio de familiares e amigos.
No Hospital Santa Mônica, oferecemos tratamentos para alcoolismo, alucinógenos, cocaína, crack, maconha, medicamentos e nicotina. Todo o processo é embasado em diferentes estratégias, como:
terapia em grupo;
hidroginástica;
pilates e alongamento;
musicoterapia.
Com isso, você tem mais segurança de que terá sucesso no seu tratamento. Afinal, existem vários diferenciais na experiência do paciente no Hospital Santa Mônica; tudo para fazer sua vida melhorar.
Por isso, agora que você sabe como tirar vontade de usar droga, pode procurar ajuda especializada para fazer seu tratamento, prevenir as recaídas e se reinserir na sociedade. Você consegue e pode construir um estilo de vida mais saudável e benéfico para si e para as pessoas ao seu redor.
É o que você deseja? Entre em contato com o Hospital Santa Mônica e conheça melhor as nossas instalações e estratégias.
É possível se livrar das drogas sozinho?
Sim, é possível uma pessoa deixar uma dependência por vontade própria, apesar de ser muito difícil por conta das recaídas. Logo, o problema não é parar uma vez, é manter-se, pois a abstinência produz efeitos bastante desagradáveis.
Uma pessoa pode largar das drogas sem tratamento? Só por vontade própria?
Uma pessoa pode largar das drogas sem tratamento? Só por vontade própria?
Leonardo Rocha
Psicólogo
Recife
E mais que fundamental a força de vontade para abandonar qualquer vício que seja principalmente com as drogas. Realmente não e uma tarefa fácil se livrar do vicio somente com a força de vontade por isso mesmo que você até consiga e importante depois conversar com um psicólogo ou psiquiatra até para evitar recaídas futuras.
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Dr. Robson Miranda Costa
Psiquiatra
Barretos
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Olá! Isso até pode ser possível, apesar de improvável, se o padrão de consumo da droga em questão não for muito intenso. Na maioria dos casos, o tratamento de dependência química é difícil e complexo, necessitando da ajuda de profissionais especializados como psiquiatras e psicólogos.
Espero ter ajudado.
Um abraço.
Cinthia Ribeiro Machado
Psicólogo
Nilópolis
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Olá, o desejo de largar as drogas é o mais fundamental nesse percurso todo, porém, sozinho, torna-se muito difícil, não que seja impossível, pq tem a abstinência, a fissura, a memória do efeito da substância no corpo, as questões emocionais que são gatilhos para o uso. Tudo isso pode interferir no processo. Com a ajuda de profissionais , esse peso fica dividido e vc conta com incentivo deles. Procure um psiquiatra e sim psicólogo, vc vai conseguir. Abraço.
Natalia Marques Antunes
Psicólogo
São Paulo
Já tive conhecimento de pessoas que conseguiram, depende do envolvimento e tipo de droga.
Com determinação é possível.
Mas existem casos em que a pessoa se propõem e acredita que é possível, mas se enredada não conseguindo atingir seus objetivos.
Nesse caso, o ideal é buscar ajuda de um profissional qualificado.
Abraços
Prof. Wládia Morais
Psicólogo
Rio de Janeiro
Agendar consulta
Olá!!
Sim, é possível uma pessoa deixar uma dependência por vontade própria, apesar de ser muito difícil por conta das recaídas. Logo, o problema não é parar uma vez, é manter-se, pois a abstinência produz efeitos bastante desagradáveis. O suporte e a multidisciplinaridade envolvida é para fortalecer a pessoa para lidar justamente com a dificuldade do processo. Não é impossível, mas o que posso lhe dizer é que é bem mais difícil.
Abraços!!
Mariana Montes
Psicólogo
Rio de Janeiro
Como o disse o colega, não é impossível mas é improvável que somente força de vontade faça alguém vencer um vício. Por isso seria legal buscar auxílio psicológico e psiquiátrico para ter um acompanhamento do caso.
Bruno Pontual
Psicólogo
Fortaleza
Olá! Muitas vezes a questão da utilização de substâncias psicoativas e seu vício subsequente está relacionada com um universo simbólico que pode ser melhor explorado com ajuda de profissionais de saúde mental. Questões como, o que estimulou o início do seu uso, que necessidade ou falta este uso pode estar compensando, relações que podem estar ajudando a manter o sujeito em um ciclo vicioso que leva a adicção, dentre outras questões que podem ser melhor elucidadas com ajuda de um profissional capacitado, em especial do Psicologo. Alem disso, o dependente pode estar bastante fragilizado, não ter suporte para lidar com episódios de angústia, nem ter uma visão clara para lidar com o problema, situações no qual um olhar exterior e cuidadoso de um psicólogo pode fazer a diferença. Boa sorte! Abraços!
Dra. Aline Pacheco Schubach
Psiquiatra
Rio de Janeiro
É até possível, mas as medicações ajudam muito nos primeiros dias.
Recomendo ir ao narcóticos anônimos ou alcoólatras anônimos, pois com a ajuda de pessoas que se igualam pelo mesmo sofrimento ajuda muito.
Vale lembrar que os 15 primeiros dias de abstinência são os piores.
Adição é uma doença desmoralizante, progressiva e de terminação fatal.
Me coloco à disposição para lhe indicar literaturas e achar grupos que funcionem onde for mais conveniente para você. Abçs e força!
O lema é evitar a droga SÓ POR HOJE, não vá a primeira dose, pois isso desencadeará em você a compulsão desenfreada!
Laura de Amorim Maciel
Psicólogo
Brasília
Sim, algumas pessoas conseguem. No entanto, se a dependência for de álcool, o indicado é fazer uma desentoxicação com acompanhamento médico, pois há risco do paciente desenvolver síndrome de abstinência alcoólica.
Renata De Abreu e Lima
Psicólogo
Rio de Janeiro
Pode, mas é mais difícil, já que com ajuda, tem onde se apoiar, e a falta de apoio pode procurar este nas drogas.
Dra. Tatiana França Henriques de Carvalho
Psicólogo
Rio de Janeiro
Olá!
Depende do grau de comprometimento.
Se o indivíduo faz uso recreativo ou uso abusivo de substâncias psicoativas, pode ser que ele consiga parar sozinho.
Contudo, se o indivíduo encontra-se em quadro de dependência, posso dizer que é quase impossível parar sem ajuda.
A dependência química é uma doença grave, multifatorial, incurável, progressiva e fatal.
É muito sério!
Já vi muitas pessoas perderam a vida para as drogas!!
Oneildy Aparecida Vinhandelli
Psicólogo
Fortaleza
Olá! É possível sim! Porém, peço que reponde essas perguntas: Por que fazer esse tratamento sozinho?
Eu conheço esse caminho?
E se esse caminho não for fácil?
Se existe o desejo de tratar, porque não procurar ajuda para percorrer esse caminho com ajuda de terceiros?
Acredito que respondendo essas questões, terá mais condições de decidir como irar percorrer esse caminho, que não ė facil, mas é possível. Sugiro que procure antes de tomar qualquer decisão um médico psiquiatra e um psicólogo, para uma boa conversa e quem sabe entender um pouco mais do que é percorrer esse caminho só. Espero ter ajudado.
Obrigada pela atenção e confiança.
Fernando Gobbato
Psicólogo
Goiânia
Como vai? Isso vai depender da frequência de uso, nível de dependência, rede de apoio, entre outras variáveis! Caso esteja difícil sozinho(a), não tema pedir ajuda! Abraço.
Lucia Cassar
Psicanalista, Psicólogo
Rio de Janeiro
Existem casos de interrupção no uso de drogas por vontade própria, mas isso depende do tipo de substância utilizada, a frequencia e por quanto tempo a adição persistia. Em casos sem acompanhamento profissional o paciente pode não suportar a abstinência e abrir surto psicótico pela interrupção da substância química. É sempre um risco. Em outros casos o paciente pode aderir à outro tipo de conduta por repetição e buscar situações de risco como jogos ou práticas esportivas que demandam alto grau de excitação ou práticas sexuais compulsivas sem proteção. Procurar ajuda psiquiátrica e psicológica especializada em dependência química é o caminho correto.
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Vício não é só dependência química! Saiba o que é ser considerado um viciado
A série americana “This Is Us“, transmitida pela NBC, acompanha a história da amorosa família Pearson, que embora muito unida, não escapa aos dramas que o vício pode causar. Jack Pearson é o modelo de marido e pai presente e carinhoso, mas não conseguiu fugir da sombra de seu próprio pai alcoólatra. Seus filhos, Kevin, Kate e Randall, acompanharam a luta dele contra o álcool, e embora sofressem vendo as crises do pai, também trilharam sua própria jornada ao lado do vício: bebida, comida e trabalho, respectivamente.
O que a ficção nos conta acerca do tema é comprovado pela ciência. Além dos fatores externos, sabe-se que a genética tem muita influência na herança dos vícios. A Universidade de Fudan, em Xangai, China, divulgou uma pesquisa com roedores em que relata a propensão genética às drogas, por exemplo. Os cientistas observaram que os animais cujos pais tiveram contato com a cocaína eram os mais propensos a ter o vício. Nos seres humanos, isso ocorre em cerca de 20% das pessoas com esse histórico.
Em seu site, o Dr. Dráuzio Varella também explica: “O alcoolismo tende a ocorrer com mais frequência em certas famílias, entre gêmeos idênticos (univitelinos), e mesmo em filhos biológicos de pais alcoólicos adotados por famílias de pessoas que não bebem.”
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O que é “vício”?
Quando falamos em vício, a primeira coisa que vem à cabeça é o álcool e as drogas. Porém, o que muita gente esquece é que o vício não se limita somente a isso, mas a uma série de fatores que fazem desse problema algo muito mais profundo do que pensamos.
A palavra vício tem origem do latim “vitium” e significa “falha ou defeito“. Para o dicionário Aurélio, a definição de vício é: Tornar mau, pior, corrompido ou estragado; alterar para enganar; corromper-se, perverter-se, depravar-se. Já para a Organização Mundial da Saúde (OMS), é uma doença física e psicoemocional.
No entanto, a psicologia vai mais à fundo e investiga não só as consequências, mas também as motivações, origens e características do vício e de seus dependentes. A área também entende o vício como um mecanismo de fuga emocional que visa a obtenção de prazer e extinção da dor.
O que caracteriza um vício?
O limite entre um hábito e o vício está nas consequências que eles causam na vida da pessoa. O vício afasta o indivíduo de sua essência e faz com que foque mais na obtenção do prazer através da dependência do que na vida que antes levava, nem que isso signifique se afastar de amigos e familiares, mentir, se prejudicar no trabalho e mudar completamente o curso de suas ações, objetivos e sonhos.
Tipos de vício
Vício em álcool
Mais de 2 milhões de pessoas sofrem com o alcoolismo no Brasil e 3.3 milhões morrem todo ano decorrente desse vício. Os homens são os mais suscetíveis, num total de 70% dos casos, enquanto as mulheres correspondem a 30%.
Mas, afinal, o que é alcoolismo? Segundo o Hospital Israelita Albert Einstein, alcoolismo, ou ainda, etilismo, como também é conhecido,”é caracterizado pela vontade incontrolável de beber, falta de controle ao tentar parar a ingestão, tolerância ao álcool (doses cada vez maiores para sentir os efeitos da bebida) e dependência física, que se manifesta com sintomas físicos e psíquicos nas situações de abstinência alcoólica”.
O que leva uma pessoa a beber?
Alguns problemas emocionais como ansiedade, angústia e insegurança podem ser grandes facilitadores para alguém começar a beber. Além disso, ter fácil acesso ao álcool e a própria genética, como já explicamos anteriormente, aumentam as chances de dependência ao álcool. Uma das portas de entrada também pode ser a vontade de socializar, fazer amigos e ser aceito num grupo, já que alguns dos efeitos do álcool são a euforia e a desinibição.
Sintomas de Alcoolismo
O alcoólatra muitas vezes não tem consciência de que é mesmo dependente da bebida. Porém, existem alguns elementos que facilitam as pessoas ao redor, ou mesmo o dependente, a como identificar um alcoólatra. Dentre alguns sinais estão a falta de controle sobre o uso e tolerância cada vez maior à bebida.
A abstinência, ou seja, quando o dependente interrompe a ingestão da bebida, seja por vontade própria ou por falta dela no momento, causa alguns sintomas físicos e mentais, como:
tremores nos lábios;
tremores nas mãos e pés;
náuseas e vômitos;
suor excessivo;
ansiedade e irritação;
confusão mental.
Essas são algumas consequências do alcoolismo. Mas, não são só os efeitos físicos e mentais que trazem estragos à vida das pessoas. Os danos nos relacionamentos pessoais e profissionais levam muitos alcoólatras à depressão e outras doenças.
Doenças causadas pelo álcool
hepatite ou cirrose hepática;
depressão;
impotência ou infertilidade;
gastrite;
infarto;
trombose;
anorexia alcoólica;
demência;
câncer.
Tratamento do alcoolismo
O tratamento para o alcoólatra deve, primeiro, ser um passo dado por ele mesmo. O dependente deve querer largar o vício. Em seguida, ele ou a família devem procurar um psicólogo ou psiquiatra, que entrará com o tratamento adequado.
Por ser uma doença crônica, o alcoolismo não tem cura, porém é possível ter uma vida saudável e se afastar para sempre do vício! Como ajudar um alcoólatra? Com apoio familiar, desintoxicação sob supervisão médica e a reabilitação, o indivíduo tem plenas chances de ter uma vida norma.
Vício em tecnologia
A era da tecnologia criou um novo vício. Mais e mais pessoas tornam os aparelhos celulares, tablets, videogames, etc, extensões de seus corpos. 2018 foi o ano em que a Organização Mundial da Saúde incluiu o vício em videogame na sua lista oficial de doenças. Essa informação gerou muita controvérsia pois diversos pesquisadores acharam drástica a medida tomada pela organização.
A Universidade Estadual de São Francisco, na Califórnia (EUA), realizou um estudo no qual se constatou que o vício em smartphones, por exemplo, forma conexões neurológicas parecidas com as de viciados em opiáceos.
Com medo dos efeitos que o vício em jogos online estava causando aos jovens, a Coreia do Sul adotou um toque de recolher para menores de 16 anos, em 2011. A medida não funcionou, afinal, os jovens encontraram outras coisas para fazerem de madrugada além de jogar.
O vício em internet e em redes sociais assusta. A empresa de marketing Digital Clarity fez um levantamento em que 16% admitem gastar mas de 15 horas por dia na internet.
Mas por que estamos tão viciados?
Assim como muitas outras dependências, o vício em games, internet, e tecnologias em geral pode estar associado à baixa autoestima, depressão e mal-estar. Além disso, a conexão às redes sociais permite uma satisfação pessoal com o ego.
Eduardo Guedes, pesquisador e membro do Instituto Delete – primeiro núcleo do Brasil especializado em “desintoxicação digital” na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), comenta esse vício em entrevista concedida à BBC: “Falar de si gera um prazer equivalente a se alimentar, ganhar dinheiro ou fazer sexo. E em 90% do tempo as pessoas estão falando de si nas redes sociais, com feedback instantâneo. Em uma conversa normal, em 30% do tempo normalmente se fala sobre si”.
Consequências
Segundo a Universidade da Coreia, em Seul, na Coreia do Sul, adolescentes viciados em tecnologias como videogames, jogos online, internet e redes sociais, têm maior propensão para sofrerem com depressão, ansiedade, insônia e impulsividade. A dependência também provoca alterações no balanço químico no cérebro.
Outros vícios
1 em cada 5 pessoas no mundo fuma cigarros. Essa é a estimativa da OMS, que também complementa que a dependência da substância mata 7 milhões de pessoas por ano.
O tabagismo é um dos vícios mais comuns e banalizados do mundo. Apesar de ser legalizado, o cigarro é uma droga e pode causar diversas doenças.
Consumir alimentos compulsivamente também é vício, e é considerado um transtorno, de acordo com a OMS. Comer rapidamente, em grandes quantidades e até sentir-se cheio é um dos sinais do transtorno de compulsão alimentar periódica. Ás vezes, o paciente prefere fazer suas refeições sozinho por vergonha e culpa e também costuma comer mesmo sem estar com apetite.
Confira aqui os vícios mais comuns existentes:
drogas ilícitas;
trabalho;
jogos de azar;
pornografia;
sexo;
medicamentos;
entre outros.
Como se livrar de um vício?
Como tratamos anteriormente, o vício é um mecanismo de fuga em que o indivíduo passa a depender dos prazeres que sente ao consumi-lo. Ou seja, não necessariamente é o álcool ou as drogas que vai destruir a vida de alguém. A internet, o sexo, a pornografia, o trabalho…tudo em excesso prejudica e faz mal à saúde mental. Todo o vício é corrosivo.
Tratamento psicológico
Seja o vício em álcool e drogas ou vício em internet e trabalho, existem maneiras de controlá-los. O caminho mais recomendado é a procura de um psicólogo ou psiquiatra. Esse profissional, além de investigar as origens do problema, também irá traçar técnicas para que a dependência emocional termine. Essa dependência emocional é atrelada ao que o indivíduo sente quando consome a fonte de seu vício. Alguns alegam sentir-se mais confiantes, interessantes e sociáveis quando em contato com o álcool, drogas, etc.
É preciso desassociar a ideia positiva que o vício traz, e para isso, o psicólogo usará de muitos métodos para conseguir atingir esse objetivo. Além disso, irá tratar os efeitos causados pela dependência, como a depressão, ansiedade, baixa autoestima, dentre outras consequências psicológicas que o vício acarreta.
Grupos de apoio como o Alcoólicos Anônimos (AA) também é um passo importante e muito procurado por quem sofre com o alcoolismo, por exemplo. O importante é o dependente admitir para si mesmo e para os outros que tem um problema e que quer ser curado. Se você enfrenta algum tipo de vício, não lute sozinho. Procure ajuda!
Causas do alcoolismo: A relação do alcoolismo e psicologia
Mais de 2 milhões de pessoas sofrem com o alcoolismo no Brasil e 3.3 milhões morrem todo ano decorrente desse vício.
O consumo de álcool tem aumentado a cada dia, e isso se deve muito às questões psicológicas, principalmente às doenças da mente que não recebem o tratamento adequado, já que o problema ainda é cercado de muito preconceito. Afinal, há uma grande parcela da sociedade ainda envolta no tabu de que os males psicológicos são sinônimo de fraqueza ou loucura. E não é nada disso. Assim como o corpo, a mente também precisa de cuidados e de tratamento.
A dependência do álcool é um tipo de vício. A palavra vício tem origem do latim “vitium” e significa “falha ou defeito“. Para o dicionário Aurélio, a definição de vício é: Tornar mau, pior, corrompido ou estragado; alterar para enganar; corromper-se, perverter-se, depravar-se. Já para a Organização Mundial da Saúde (OMS), é uma doença física e psicoemocional.
No entanto, a psicologia vai mais à fundo e investiga não só as consequências, mas também as motivações, origens e características do vício e de seus dependentes. A área também entende o vício como um mecanismo de fuga emocional que visa a obtenção de prazer e extinção da dor.
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O que é etilismo
Ou melhor, o que é alcoolismo? Segundo o Hospital Israelita Albert Einstein, alcoolismo, ou ainda, etilismo, como também é conhecido, “é caracterizado pela vontade incontrolável de beber, falta de controle ao tentar parar a ingestão, tolerância ao álcool (doses cada vez maiores para sentir os efeitos da bebida) e dependência física, que se manifesta com sintomas físicos e psíquicos nas situações de abstinência alcoólica”.
As causas do alcoolismo
Alguns problemas emocionais pode servir como gatilhos emocionais para o alcoolismo, como ansiedade, angústia e insegurança, servindo como grandes facilitadores para alguém começar a beber. Além disso, ter fácil acesso ao álcool e a própria genética, como já explicamos anteriormente, aumentam as chances de dependência ao álcool. Uma das portas de entrada também pode ser a vontade de socializar, fazer amigos e ser aceito num grupo, já que alguns dos efeitos do álcool são a euforia e a desinibição, fazendo cada vez maiores os motivos para beber.
Além dos fatores externos, sabe-se que a genética tem muita influência na herança dos vícios. A Universidade de Fudan, em Xangai, China, divulgou uma pesquisa com roedores em que relata a propensão genética às drogas, por exemplo. Os cientistas observaram que os animais cujos pais tiveram contato com a cocaína eram os mais propensos a ter o vício. Nos seres humanos, isso ocorre em cerca de 20% das pessoas com esse histórico.
Em seu site, o Dr. Dráuzio Varella também explica: “O alcoolismo tende a ocorrer com mais frequência em certas famílias, entre gêmeos idênticos (univitelinos), e mesmo em filhos biológicos de pais alcoólicos adotados por famílias de pessoas que não bebem.”
Sintomas de Alcoolismo
O alcoólatra muitas vezes não tem consciência de que é mesmo dependente da bebida. Porém, existem alguns elementos que facilitam as pessoas ao redor, ou mesmo o dependente, a como identificar um alcoólatra. Dentre alguns sinais estão a falta de controle sobre o uso e tolerância cada vez maior à bebida.
A abstinência, ou seja, quando a pessoa alcoólatra interrompe a ingestão da bebida, seja por vontade própria ou por falta dela no momento, causa alguns sintomas físicos e mentais, como:
tremores nos lábios;
tremores nas mãos e pés;
náuseas e vômitos;
suor excessivo;
ansiedade e irritação;
confusão mental.
Essas são algumas consequências do alcoolismo. Mas, não são só os efeitos físicos e mentais que trazem estragos à vida das pessoas. Os danos nos relacionamentos pessoais e profissionais levam muitos alcoólatras à depressão e outras doenças.
Doenças causadas pelo alcoolismo
hepatite ou cirrose hepática;
depressão;
impotência ou infertilidade;
gastrite;
infarto;
trombose;
anorexia alcoólica;
demência;
câncer.
Tratamento do alcoolismo
Como parar de beber? Essa é a pergunta que muitos que sofrem do vício fazem. O tratamento para o alcoólatra deve, primeiramente, ser um passo dado por ele mesmo. O dependente deve querer largar o vício. Em seguida, ele ou a família devem procurar um psicólogo ou psiquiatra, que entrará com o tratamento adequado.
Por ser uma doença crônica, o alcoolismo não tem cura, porém é possível ter uma vida saudável e se afastar para sempre do vício! Como ajudar um alcoólatra? Com apoio familiar, desintoxicação sob supervisão médica e a reabilitação, o indivíduo tem plenas chances de ter uma vida normal.
Caso precise de ajuda, saiba que a terapia é uma das mais importantes formas de tratamento. A Telavita pode te ajudar nessa luta. A plataforma online possui um leque de opções de profissionais capacitados e especializados. Agende uma consulta com um de nossos psicólogos e dê um passo para o início de seu tratamento.
Álcool e demência: O abuso de álcool aumenta as chances de demência
A demência é uma síndrome geralmente associada a pessoas mais velhas. Isso é tão evidente que perguntas como “Quais são os sinais de demência em idosos?” e “Como lidar com idosos com demência?” são recorrentes em pesquisas no Google. Entretanto, ela pode afetar qualquer pessoa.
A condição já afeta cerca de 50 milhões de pessoas no mundo, mas esse não é o dado mais preocupante. A expectativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é da síndrome estar presente na vida de 152 milhões de pessoas até 2050.
E demência senil tem cura? Não, existem somente tratamentos para retardar os efeitos dela. Por isso, é fundamental aprender mais sobre a situação e os sinais de demência senil. Somente assim será possível combatê-la adotando posturas e hábitos corretos.
Demência: significado e causas
Então, o que significa a palavra ‘demência’? A OMS classifica ela como “uma síndrome em que há deterioração da memória, do pensamento, do comportamento e da capacidade de realizar atividades cotidianas”. A demência, então, ocorre pelos danos às células cerebrais, o que implica num prejuízo de comunicação entre elas.
Apesar de entenderem o que acontece, os cientistas ainda não descobriram exatamente como elas ocorrem. Sabe-se, no entanto, o papel de duas proteínas no processo, conforme aponta o Relatório Mundial de Alzheimer de 2018.
A primeira, a beta-amilóide, acaba atingindo níveis desproporcionais no cérebro da pessoa que possui Alzheimer. Com isto, formam-se placas que se acumulam entre os neurônios e interrompem a função das células.
A outra proteína, chamada de tau, é responsável pela estabilização dos microtúbulos. Assim como a anterior, ela também atinge níveis anormais na demência. Na sua disfunção, criam-se emaranhamos neurofibrilares dentro dos neurônios que bloqueiam o sistema de transporte dos neurônios.
O que os pesquisadores ainda não sabem é exatamente como essas proteínas se relacionam umas com as outras. Até o momento, não há conhecimento científico que explique o desenvolvimento desses níveis tão elevados e prejudiciais à saúde.
Relação entre consumo abusivo de álcool e demência
E existe demência alcoólica? Bem, estamos tratando de uma demência não especificada, mas não há como negar o fato de que o consumo de álcool atua de forma direta no desenvolvimento da síndrome.
Nesse sentido, vale citar uma revisão publicada na “Alzheimer’s Research & Therapy” em 2019. Após a análise de 28 estudos sobre o assunto publicados entre 2000 e 2017, os pesquisadores chegaram a conclusão de que “o uso pesado de álcool foi associado a alterações nas estruturas cerebrais, prejuízos cognitivos e aumento do risco de todos os tipos de demência”.
Entretanto, é um estudo de 2018 que trabalhou a extensão dessa questão. Publicada no “The Lancet Public Health”, a pesquisa realizada na França analisou todos os pacientes adultos (maiores de 20 anos), que foram admitidos em hospitais na região metropolitana entre 2008 e 2013.
Ao todo foram observadas mais de 31 milhões de pessoas, no qual mais de 1 milhão foram diagnosticados com demência. Os resultados apontaram que o consumo em excesso de bebidas alcoólicas aumentaram em três vezes a incidência da demência.
E o que acontece no corpo? Bem, quando decomposto no organismo, o álcool produz acetaldeído, que é tóxico para as células cerebrais. Então, ele é capaz de causar danos permanentes no tecido do cérebro. Além disso, o consumo excessivo pode levar à deficiência de tiamina, que afeta a atividade cerebral e pode incorrer na síndrome de Wernicke-Korsakoff.
A pesquisa também destacou a associação dos transtornos por uso de álcool a outros fatores de risco para o início da demência. Ou seja, o consumo excessivo geralmente é acompanhado de outras situações agravantes da síndrome, como o tabagismo e a depressão.
Vale ressaltar que o estudo considerou os padrões da OMS para determinar o que seria o consumo abusivo. Para os homens, a ingestão é de 60 gramas de álcool por dia – cerca de seis drinques. Já no caso das mulheres, é o consumo de mais de 40 gramas de álcool por dia – cerca de quatro drinques.
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